quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O ESPORTE ADAPTADO


A realidade de grande parte dos portadores de necessidades educativas especiais no Brasil e no mundo revela poucas oportunidades para engajamento em atividades esportivas, seja com objetivo de movimentar-se, jogar ou praticar um esporte ou atividade física regular.
    A prática de atividade física e/ou esportiva por portadores de algum tipo de deficiência, sendo esta visual, auditiva, mental ou física, pode proporcionar dentre todos os benefícios da prática regular de atividade física que são mundialmente conhecidos, a oportunidade de testar seus limites e potencialidades, prevenir as enfermidades secundárias à sua deficiência e promover a integração social do indivíduo.
    As atividades físicas, esportivas ou de lazer propostas aos portadores de deficiências físicas como os portadores de seqüelas de poliomielite, lesados medulares, lesados cerebrais, amputados, dentre outros, possui valores terapêuticos evidenciado benefícios tanto na esfera física quanto psíquica.
    Quanto ao físico, pode-se ressaltar ganhos de agilidade no manejo da cadeira de rodas, de equilíbrio dinâmico ou estático, de força muscular, de coordenação, coordenação motora, dissociação de cinturas, de resistência física; enfim, o favorecimento de sua readaptação ou adaptação física global (Lianza, 1985; Rosadas, 1989 e Souza, 1994). Na esfera psíquica, podemos observar ganhos variados, como a melhora da auto-estima, integração social, redução da agressividade, dentre outros benefícios ( Alencar, 1986; Souza, 1994; Give it a go, 2001).
    A escolha de uma modalidade esportiva pode depender em grande parte das oportunidades que são oferecidas aos portadores de deficiência física, da sua condição sócio-econômica, das suas limitações e potencialidades, da suas preferências esportivas, facilidade nos meios de locomoção e transporte, de materiais e locais adequados, do estímulo e respaldo familiar, de profissionais preparados para atende-los, dentre outros fatores.
    Diversos autores como Guttman (1976b), Seaman (1982), Lianza (1985), Sherrill (1986), Rosadas (1989), Souza (1994), Schutz (1994) e Give it a go (2001), e ressaltam que os objetivos estabelecidos para as atividades físicas ou esportivas para portadores deficiência, seja esta física mental, auditiva ou individual devem considerar e respeitar as limitações e potencialidades individuais do aluno, adequando as atividades propostas a estes fatores, bem como englobar objetivos, dentre outros:
·         Melhoria e desenvolvimento de auto-estima, autovalorização e auto-imagem;
·         o estímulo à independência e autonomia;
·         a socialização com outros grupos;
·         a experiência com suas possibilidades, potencialidades e limitações;
·         a vivência de situações de sucesso e superação de situações de frustração;
·         a melhoria das condições organo-funcional (aparelhos circulatório, respiratório, digestivo, reprodutor e excretor);
·         melhoria na força e resistência muscular global;
·         ganho de velocidade;
·         aprimoramento da coordenação motora global e ritmo;
·         melhora no equilíbrio estático e dinâmico;
·         a possibilidade de acesso à prática do esporte como lazer, reabilitação e competição;
·         prevenção de deficiências secundárias;
·         promover e encorajar o movimento;
·         motivação para atividades futuras;
·         manutenção e promoção da saúde e condição física
·         desenvolvimento de habilidades motoras e funcionais para melhor realização das atividades de vida diária
·         desenvolvimento da capacidade de resolução de problemas.
O Brasil terminou o Parapan-Americano de Guadalajara no topo do quadro de medalhas. Foram 197 pódios no total (81 de ouro, 61 de prata e 55 de bronze), à frente dos 132 dos EUA (51, 47 e 34) e dos 165 dos anfitriões (50, 60 e 55).
O evento do México também consagrou o nadador brasileiro Daniel Dias, 23. O atleta ganhou 11 ouros em Guadalajara, que, somados às oito medalhas douradas de 2007, o fazem o maior vencedor da história do Parapan.
“Tinha expectativa em conquistar essas medalhas, mas não sabia se ia acontecer pois também dependia dos revezamentos”, disse Dias, que nasceu com má formação congênita dos membros superiores e da perna direita.
Depois de Dias, o atleta com mais ouros em Guadalajara foi o também nadador André Brasil, com seis. Brasil, que teve poliomielite aos três meses e ficou com uma pequena sequela na perna esquerda, já tinha conquistado quatro ouros, uma prata e um bronze em 2007.
O Brasil encerrou sua campanha no Parapan de Guadalajara com o ouro no futebol de 5 (para cegos) ao derrotar neste domingo a Argentina na decisão, por 1 a 0, na prorrogação.
O judô (para deficientes visuais) rendeu duas medalhas no último dia de competições. Karla Ferreira conquistou o ouro na categoria até 48 kg, e Magno Marques ficou com a prata até 66 kg.

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